Sobre

Biografia de Espedito Sobrinho

Espedito Alves da Silva, conhecido popularmente por Espedito Sobrinho, nasceu em Baixio (CE) no dia 1º de Abril de 1939, filho de José Alves da Silva e Francisca Gonçalves da Silva. Veio com os pais e irmãos para Cajazeiras no ano de 1948, neste mesmo ano com apenas 09 anos de idade conseguiu trabalhar em a padaria que fica entre às Ruas Padre Manoel Mariano e Padre José Tomáz centro de Cajazeiras; Logo, depois em 1958 mudou-se com seus pais para Campina Grande (PB) lá também conseguiu trabalhar numa padaria, no ano de 1962 começou a trabalhar na Rádio Caturité e no ano de 1963 ingressou na Rádio Borborema onde trabalhou por muitos anos sempre com programas de violas.  

Casou-se pela primeira vez aos 20 anos de idade com uma jovem chamada Maria Celina Leite da Silva, onde logo depois ficou viúvo, diante o ocorrido, passou a dedicar-se a viola uma das suas grandes paixões, tocava e cantava muito bem. 

Aos 23 anos de idade casou-se com uma jovem da cidade de Campina Grande por nome de Roberta a quem ele chamava de Betinha e dessa união tiveram 7 filhos, dois em Campina Grande, Roberlita e Rogério. 

 Mudou-se então para Caruaru (PE) onde tiveram 03 filhos, Roselma, Rosangela e Rosselito, conseguiu lá mesmo um programa de violeiros na Rádio Cultura do Nordeste e também na Rádio Difusora de Caruarú onde permaneceu por 07 anos. 

 No dia 10 de Março de 1968 perdeu um de seus irmãos o Francisco Alves da Silva, mas conhecido como Chico Sobrinho. Diante desse terrível acontecimento, ele fez um poema contando toda a morte do irmão, era tão forte que todos que ouviam choravam, pois relatava tudo que o irmão sofreu... 

No ano de 1973 Espedito Sobrinho veio para Cajazeiras (PB) onde nasceram mais 02 filhos, Roberto e o Espedito Filho, foi morar na casa do seu irmão João Alves da Silva mais conhecido como João do picolé e sua esposa Maria conhecida como Pitia, na Rua Duque de Caxias. Dias depois, veio morar na Av. Fcº Matias Rolim, numa casa cedida por um amigo seu também violeiro Sr. Gerson Carlos de Moraes. 

Em 1971 passou a morar na Rua Januário Coêlho, viajava fazendo cantorias pelos sítios e algumas cidades da região, permaneceu morando lá por 03 anos. 

Em 1972 foi chamado por Mozart e Jessé, dono e gerente da DRC (Difusora Rádio Cajazeiras) para fazer um teste como locutor onde teve êxito, ficou lá trabalhando por 04 anos fazendo programas de forró, o famoso "Forró do Varandão". Nesse tempo conheceu o candidato a deputado federal Bosco Barreto que o convidou para ficar animando seus comícios (concentrações políticas), leilões... nesse tempo teve que se ausentar por 03 meses do seu trabalho na DRC, ao retornar depois desse tempo Mozart não lhe aceitou mais. 

Em 1977 começou a trabalhar como locutor na RAP (Rádio Alto Piranhas), localizada na Rua Victor Jurema a convite de Zeílton Trajano, fazia um programa matinal das 04:30 às 06:00, chamado "Manhã na Casa Grande", na "Sombra do Juazeiro" era outro programa que ele fazia das 10:00 às 11:00 e das 16:00 às 18:00 hrs, "No Terreiro da Fazenda". Fazia portanto, semanalmente, três programas diários nessa rádio, tendo descanso da rádio aos sábados, onde tirava para fazer cantorias nos sítios e nas cidades vizinhas. Aos domingos das 12:00 às 15:00 hrs, fazia o programa "Balancei a Paraíba". 

Em 1978 candidatou-se a vereador pelo MDB e consegiuu aprovação, foi o vereador mais votado da época, existiam 02 partidos MDB e ARENA, nesse mesmo ano viajou para São Paulo pela primeira vez para gravar um LP (Disco de Vinil), onde com um outro cantador gravou sextilhas, galopes e belos poemas como uma Carta à Minha Esposa, Adeus do Filho Querido, entre outros mais. Nesse mesmo LP, convidou o Sr. Moacir Laurentino para gravar o poema o Velhinho do Roçado, todos os poemas do disco são de autoria de Espedito Sobrinho com exceção de dois, Não Acredito que Você vai me Deixar e A voz do Apaixonado.  

No Ano de 1981 começou a trabalhar no CSU (Centro Social Urbano) localizado na rua Aprigio Nogueira e também a estudar porque tinha pouca escolaridade e seu sonho era se tornar um grande advogado, na época se matriculou no supletivo localizado no colégio Estadual de Cajazeiras. Estava feliz fazendo provas e sempre conseguindo aprovação em todas, era muito inteligente pela escola da vida. Nesse mesmo ano no dia 21 de Dezembro, uma segunda feira, às 21:00 hrs, teve sua vida ceifada num terrível acidente automobilístico, onde o seu carro Opala chocou-se com um carro tanque e tudo acabou para sempre.     

São de autoria do poeta Espedito Sobrinho:

  • Uma carta à minha esposa;
  • Adeus do filho querido;
  • Homenagem a Rosa Maria
  • Homenagem a Elisangela;
  • A despedida do gado de Manoel Tavares para a Bahia;
  • Homenagem a Papai (José Alves da Silva);
  • Homenagem a meu irmão (Chico Sobrinho);
  • Um Sonho com Agrestina;
  • A morte de Agrestina;
  • Conselho, verdade e vida;
  • O Velhinho do roçado;
  • Canção de aniversário;
  • Homenagem a mamãe (Francisca Gonçalves da Silva)

  • Este mundo que eu vejo no presente, eu não sei quanto tempo vai durar;
  • O vaqueiro nordestino;
  • Visões das coisas da vida;
  • Conversa com marinheiro.









Casamento Religioso de Espedito e Roberta

Realizado em Campina Grande-PB, no dia 17 de março de 1963.

Ela aos 16 anos e ele aos 23 anos.

Depoimentos

 Canção de Aniversário 

Autor: Espedito Sobrinho  

  

Nestes
consagrados dias
 

De tantas
filosofias
 

Trato com mil
alegrias
 

Vendo novo calendário 

  

Muito
contente
tu vens 

Felicidade tu
tens
 

Receba meus
parabéns
 

Pelo seu
aniversário
 

  

Eu não te dou
uma flor
 

Rádio, nem televisor 

Trancilin,
nem secador
 

Tenha santa
paciência
 

  

Mas peço a
Deus que te ajude
 

Que te dê sossego
e virtude
 

Tranquilidade
e saúde
 

E muitos anos
de existência
 

  

Que venha um sol diferente 

Brilhando em tua frente 

Uma brisa
lentamente
 

Venha com
toda cautela
 

  

E outras
brisas maneiras
 

Trazendo lá
das roseiras
 

Cheiro das
rosas primeiras
 

Pra festa
ficar mais bela
 

  

Os
passarinhos saltitam
 

Outros voam,
outros gritam
 

Os craveiros
se agitam
 

Balançam os
cravos que tem
 

  

As pétalas
ficam pendendo
 

O cheiro o
vento trazendo
 

São inocentes
tecendo
 

Louvor à
festa também
 

  

Jesus o pai
soberano
 

Já que te deu
mais um ano
 

Encaminhai o teu plano 

Sempre pra o
lado do bem
 

  

E Deus vendo
à tua bondade
 

Pode até
dá-te a metade
 

Da metade da
idade
 

Que deu a
Matusalém
 

  

  

Dedico este
poema pela passagem do seu aniversário
a
minha esposa Roberta (Beta)
  

Poema: Canção de Aniversário
10 de mai de 2020

 Homenagem a Meu Irmão 

Autor Espedito Sobrinho 

  

Dez de Março
foi o dia
 

Que quando
meu irmão ia
 

Para sua
moradia
 

Cheio de
satisfação
 

Mandado pelo
destino
 

Um infeliz
assassino
 

Tirou-lhe a
vida a traição
 

  

Foi isso às
nove e meia
 

Hora que o
povo passeia
 

Comtemplando
a lua cheia
 

Ia alegre meu
irmão
 

Na barraca da
estação
 

Pediu água
pra beber
 

E antes da
água descer
 

Caiu sem
fôlego no chão
 

  

  

Não mudou nem
três passadas
 

Recebeu
muitas pauladas
 

Além de
muitas facadas
 

O sangue todo
perdeu
 

O que ninguém
esperava
 

Depois a rádio
bradava
 

Dizendo que
ele morreu
 

  

Quem ouvia a
difusora
 

Sua voz
encantadora
 

E a viola
gemedora
 

Guarda na
alma a lembrança
 

E o sangue do
falecido
 

Que deixou o
chão tingido
 

Lembra seu
último gemido
 

E pede a
justiça vingança
 

  

Resta a viola
envolvida
 

Numa capa
denegrida
 

E está bem
parecida
 

Que sente a
mesma dor
 

Lembrando um
dos aedos
 

Guarda
consigo os segredos
 

Sentindo a
falta dos dedos
 

Do seu dono
tocador
 

  

Resta a viúva
coitada
 

Completamente
enlutada
 

Sem ter a sua
morada
 

Vendeu o que
possuía
 

Vestida numa
roupa escura
 

Hoje bebe uma
amargura
 

Que outrora
não bebia
 

  

  

O preso não
vê os pais
 

Meu irmão não
volta mais
 

E ninguém
quer ir atrás
 

Porque é
longa a viagem
 

Morte é a
ultima partida
 

Que a carne é
destruída
 

Quem morre é
quem perde a vida
 

E quem mata
não faz vantagem
 

  

Três mil e
tantas pessoas
 

Que iam
acompanhando
 

Iguais às
procissões santas
 

Uns rezando,
outros chorando
 

Outros
derramando flores
 

Abacelando o
caminho
 

Um exclamou
lá no túmulo
 

Ô meu Deus isso
é um clumo
 

Morreu Francisco Sobrinho 

  

  

Poema
Homenagem a meu irmão Chico Sobrinho
 

Autor:
Espedito Sobrinho
  

Homenagem ao Irmão de Espedito, Chico Sobrinho
10 de mai de 2020

 Homenagem a Papai 

Autor: Espedito Sobrinho 

  

Meu papai há
dias faleceu
 

No tempo em
que eu gozava alegria
 

Eu fiquei com
mamãe querida
 

Vivendo uma
vida de melancolia
 

  

Tudo o quanto
era seu mãe
deu fim 

Pra ela e pra
mim comprar alimento 

E não tendo
mais o que vender
 

Passou a
viver só de sofrimento
 

  

Mamãe foi
botar água na rua
 

Quase seminua
e passando mal
 

E devido
estar fracassada
 

Se viu
obrigada ir parar no hospital
 

  

Com três dias
de dor e tristeza
 

De tanta
fraqueza mamãe faleceu
 

Eu fiquei
como um cão sem dono
 

Só no
abandono que a sorte me deu
 

  

Quando vejo
os meninos brincando
 

Outros
estudando, eu lembro de mim
 

Com meus pais
tão bem que eu vivia
 

Me vejo hoje em
dia
desgraçado assim 

  

Não tem nada
eu entrego a Deus
 

Os martírios
meus porque são demais
 

Pode até dia
de juízo, lá no paraíso
 

Eu voltar
para os meus pais.
 

  

Poema dedicado ao meu pai José Alves da Silva  

Homenagem ao Pai de Espedito, José Alves da Silva
10 de mai de 2020

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